Nas primeiras 16 páginas do livro, já tinha certeza da grande batalha em lê-lo, uma vez que este já se mostra, descaradamente, cheio de clichês e absolutismos característicos dos livros de auto ajudas americanos, mais preocupados em vender uma ideia do que introduzí-la em seu pensamento com as seduções características das literaturas comuns.
Paradoxalmente, as ideias não são fracas e baseiam-se em estudos de C. G. Jung e Freud, dois grandes pilares da psicologia moderna, porém o livro mistura no mesmo contexto os conceitos principais de sombra e inconsciente dos dois autores acima, com conceitos religiosos de deus, bondade e conceitos filosóficos como os de ética.
Se tiver um grande feito, o livro vem suscitar a questão de auto-embate com a nossa própria sombra, convidando-nos a entender nossa própria sombra, livrarmo-nos do julgamento dela, e carinhosamente, como quem se olha pelo todo, entender que aquilo que tememos ser, os nossos principais medos repressões, quando bem administrado, pode fornecer a chave de nossos anseios.
Claro que para entendê-lo assim, muito tive que limpar dos conceitos espirituais que as três autoras cismaram em atrelar o pensamento que construíam. Por culpa de ser o primeiro livro que abandonaria no meio da leitura, e por persistência que me é peculiar, alcancei a página 198, já na terceira página do livro, e não consegui ir além. Desisti. Não seria o meu primeiro abandono, uma vez que o livro Brida do Paulo Coelho também já teve esse mérito, tampouco foi por inaptidão de confrontar-me com minha sombra.
No final tem o seguinte teste, encontrado no site da veja, que eu também não tive a mínima paciência em fazer, mas por estar no site, acabei me rendendo a ele, afinal, quem não gosta de um teste psicológico.
Um comentário:
Ótimo ponto de vista. Gostei!
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