Não me admira que o filme, Bruna surfistinha (Brasil, 2011) seja a segunda maior bilheteria de abertura do ano, afinal, o filme é a reedição da nossa vocação para porno-chanchadas. Sensual e sensata, a personagem Raquel constrói o sentido da vida em sua identidade mais íntima que quase por um acaso contrai o nome de seu mais doce delírio. Com todo o destino pela frente, sua puta inteligência é investida em tornar o seu corpo a fonte do seu estudo e o blog, seu momento Mark Zuckerberg, uma maneira de mostrar ao mundo sua capacidade de análise.
Bruna se mostra em suas escolhas e determina seu futuro, ainda que por motivos nem tão nobres e em situações que abusam do prazer, dos vícios e do veneno de escorpião. Débora Secco convence e ajuda o carisma da protagonista que fala abertamente sobre o sexo, dá notas, confidencia seus pensamentos e divulga seu trabalho através da internet. Nesse ponto, a modernidade do olhar de Marcus Baldini traz a graça da edição do filme e dá tom e ritmos certos à narrativa.
Surfistinha de sampa, puro fetiche em uma cidade escancarada pra multiplicidade. O concreto, a noite, o sotaque, tudo ali entrega sampa e suas minas. Talvez tenha faltado mesmo alguma trilha da Rita Lee, segundo Caetano, da cidade de São Paulo, sua mais completa tradução.
Um adendo, hoje, dia primeiro de março é aniversário da Cidade Maravilhosa, que logo no início do filme aparece com o logotipo de sua prefeitura, patrocinando-o. É de se espantar: logo um filme que não vai ter o tradicional take aéreo do Cristo, que não vai mostrar suas belezas, divulgar seu nome ou seus demais pontos turísticos. Mas o Rio é história, tradição aliada e referência dos principais alicerces do nosso país, e enaltecer isso no Rio não significa em nenhum grau não reconhecer essa mesma característica em outras grandes cidades que constroem a nossa principal história. São 446 anos, e eu carioca nato, não seria louco de me furtar a parabenizar a cidade que se empenha quando o assunto é expressão cultural e liberdade em se expressar.
Bruna se mostra em suas escolhas e determina seu futuro, ainda que por motivos nem tão nobres e em situações que abusam do prazer, dos vícios e do veneno de escorpião. Débora Secco convence e ajuda o carisma da protagonista que fala abertamente sobre o sexo, dá notas, confidencia seus pensamentos e divulga seu trabalho através da internet. Nesse ponto, a modernidade do olhar de Marcus Baldini traz a graça da edição do filme e dá tom e ritmos certos à narrativa.
Surfistinha de sampa, puro fetiche em uma cidade escancarada pra multiplicidade. O concreto, a noite, o sotaque, tudo ali entrega sampa e suas minas. Talvez tenha faltado mesmo alguma trilha da Rita Lee, segundo Caetano, da cidade de São Paulo, sua mais completa tradução.
Um adendo, hoje, dia primeiro de março é aniversário da Cidade Maravilhosa, que logo no início do filme aparece com o logotipo de sua prefeitura, patrocinando-o. É de se espantar: logo um filme que não vai ter o tradicional take aéreo do Cristo, que não vai mostrar suas belezas, divulgar seu nome ou seus demais pontos turísticos. Mas o Rio é história, tradição aliada e referência dos principais alicerces do nosso país, e enaltecer isso no Rio não significa em nenhum grau não reconhecer essa mesma característica em outras grandes cidades que constroem a nossa principal história. São 446 anos, e eu carioca nato, não seria louco de me furtar a parabenizar a cidade que se empenha quando o assunto é expressão cultural e liberdade em se expressar.
3 comentários:
Eu li o livro e reforço: taí uma pessoa que nasceu pra fazer o que faz, e bem feito.
Acredito que este seja o filme que marcará o ano, pq brasileiro adora uma sacanagem! rsrsrs
Boa Silvinha, como diria um outro filme documentário, a pessoa é para o que nasce.... Dani, Dani, não leve a sua irmã de 15 anos pra ver o filme.
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